patrimônio tombado

VÍDEO: Rumo vai reformar as históricas oficinas do Bairro Km 3

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Empresa aguarda análise do Comphic e da prefeitura para dar continuidade ao projeto

A companhia ferroviária e de logística Rumo irá restaurar as oficinas localizadas no Bairro Km 3, em Santa Maria. O laudo técnico com o levantamento do que será feito na estrutura foi enviado ao Instituto de Planejamento (Iplan) da cidade e deverá ser avaliado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Comphic), visto que os pavilhões são tombados por lei municipal.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Rumo informou ao Diário que a empresa aguarda a análise do documento por parte do poder público para dar continuidade ao projeto. Entre as reformas previstas, estão a recuperação dos pisos de concreto, conserto de fissuras, pavimentação com concreto impermeável na área interna, impermeabilização dos tijolos externos com pintura acrílica, instalação de novos portões e reposição dos vidros quebrados. Além disso, no escopo do projeto, está prevista a limpeza das vegetações que rodeiam o local.

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O documento estabelece também que a empresa contratada para executar as obras "deverá dar o correto destino a todos os resíduos gerados em obra, apresentando todos os certificados de destinação final dos resíduos". Ainda segundo a assessoria, o que motivou as obras foi a deterioração da estrutura, provocada pelo tempo.

Conforme explica a diretora de planejamento do Iplan, Jessica Corsini Vieira, o Comphic emitirá um parecer sobre as alterações, com sugestões sobre as intervenções da Rumo. Segundo ela, durante a pandemia, as reuniões do conselho estão suspensas. Porém, em breve, devem voltar a acontecer de forma virtual, e as informações das obras serão repassadas aos conselheiros. Quem autoriza o início dos trabalhos nas oficinas é a prefeitura.

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IMPORTÂNCIA HISTÓRICA
Os pavilhões das oficinas do Km 3 foram construídas na década de 1920, junto à linha que ligava Santa Maria a Porto Alegre. A construção terminou no início dos anos 1930. Mais de mil operários chegaram a trabalhar no local, que fazia a reparação de vagões. As outras oficinas de Santa Maria, localizadas na área central da cidade, eram responsáveis pelo reparo de locomotivas. As oficinas eram uma consequência da expansão do transporte ferroviário no Rio Grande do Sul e, também, no Brasil.

- Tudo o que envolve o patrimônio ferroviário de Santa Maria é muito importante. Essas oficinas são únicas no Rio Grande do Sul, remanescentes de uma época gloriosa da cidade, assim como a Gare e a Vila Belga. Em linhas gerais, quando reformas são feitas nesse tipo de patrimônio, o que deve ser mantido são as feições arquitetônicas do edifício e os seus aspectos estilísticos - explica o presidente do Comphic, Fábio Müller, que é coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Após a extinção da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), em 2007, a área foi ocupada por outra empresa, a Santa Fé Vagões, que englobava a América Latina Logística S/A (ALL). Entre 2014 e 2015, a ALL foi incorporada pela Rumo, e a empresa, com sede em Curitiba, passou a operar em Santa Maria.

*Colaborou Rafael Favero

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